Palavras-chave: Peixes comercializados, mercado de Chapadinha, composição.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Diagnóstico da composição de peixes comercializados em Chapadinha, Maranhão – Brasil.
Palavras-chave: Peixes comercializados, mercado de Chapadinha, composição.
Desejo Feliz Natal a todos os leitores que acompanham o blog.
Um forte abraço!
That reflection period many good thoughts can flow in order to create a connection of positive forces for a lot of accomplishments...
Best wishes!
Que en ese periodo de la reflexión muchos pensamientos buenos pueden fluir para crear una conexión de fuerzas positivas para muchos logros...
¡Un abrazo fuerte!
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Conheça a espécie Pristis perotteti Müler & Henle, 1841
Sua primeira nadadeira dorsal se localiza notoriamente em frente da nadadeira pélvica, com muito pouca depressão côncava na margem posterior; nadadeira caudal heterocerca com o lobo bem definido; nadadeiras peitorais bem demarcadas na margem interna; não há contorno da nadadeira peitoral para a formação do disco. Porção cranial bem larga e tende a estreitar-se em direção da cauda.
O padrão de colorido apresenta a superfície dorsal com tonalidades que variam do marrom claro ao verde oliva, flancos amarelados e ventre claro. A distribuição geográfica da espécie ocorre em águas tropicais do oceano Atlântico, Pacífico e Índico.
Finalizando, as fotos 1 e 2 correspondem à um indivíduo de 7m de comprimento total e 800kg capturado nas proximidades do litoral da praia da Raposa na Ilha do Maranhão (antiga Ilha de São Luís).
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Participe do I Encuentro Colombiano sobre Condríctes
Vem aí o III Congresso Brasileiro de Oceanografia e Congresso Ibero-Americano de Oceanografia
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Maranhão pode ter 1ª representação Sistema de Bases da Amazônia
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Barbarismo com os tubarões no Brasil.
As cenas mostradas no noticiário local da RBS Notícias de Florianópolis nesse fim-de-semana, em que a barbaria dos pescadores contra um indefeso animal é acompanhada pelo público, me faz lembrar mais uma vez dos tempos da "escuridão", na Idade Média e na Inquisição, onde as execuções dos grandes vilões e pecadores eram expostos em praça pública para "deleite" da platéia.
A chamada da notícia é a seguinte: "Ação cruel na praia da Capital. Uma fêmea grávida de tubarão martelo, espécie em extinção, é capturada e morta a facadas enquanto estava em trabalho de parto."
A reportagem pode ser vista na íntegra através do link abaixo.
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=2&contentID=3549&channel=41
Mas por que os pescadores empregam tamanha crueldade contra um animal e a população em geral pouco protesta? Simplesmente porque o animal em questão é um tubarão, e um tubarão está sempre acompanhado pelo falso estigma de "comedor de homens". E é essa fama irreal de "assassino dos mares" que faz com que o pescador se auto-invista como o macho-herói-protetor que mata a grande fera e a população apoie tal insanidade. Será que se fossem cadelas ou gatas grávidas haveria mais repúdio?
Nesses momentos, costuma-se discutir inutilmente se são ou não tubarões agressivos. Mas será que já não está na hora de percebermos que todos os animais, independente de seu potencial de ameaça aos seres humanos, merecem respeito e devem ser protegidos da ação predatória e inconseqüente do homem? E olha que o litoral de Santa Catarina está praticamente livre de ameaças de ataque de tubarão (nos últimos 86 anos somente 01 ataque foi registrado em todo o Estado, e não foi de tubarão-martelo).
O mais importante é perceber o que estamos fazendo com os tubarões em nossa costa e identificar o grau de ameaça a que eles sim estão expostos. No caso do tubarão-martelo, seu declínio é de 90% nos últimos 20 anos. Ou seja, só temos hoje 10% do estoque de tubarões-martelos que existiam há duas décadas. O agravante nesse caso é que se tratava de uma fêmea grávida que abortou seus filhotes (atitude comum em caso de forte estresse). Acrescente-se a isso o fato de que essa fêmea, que só se reproduz uma vez a cada dois anos, levou cerca de 12 anos para atingir sua maturidade sexual. Como são espécies ameaçadas de extinção, uma fêmea grávida representa uma grande perda para sua fragilizada população.
Já está na hora de juntar esforços que assegurem a sustentabilidade da pesca dos tubarões. Necessitamos de uma verdadeira legislação de proteção que efetivamente venha a cercear a pesca predatória e a sobrepesca das espécies de tubarões, de modo a reprimir os atos conseqüentes e inconseqüentes dos pescadores comerciais, artesanais ou industriais. Precisamos de limites (ou cotas) para a quantidade de tubarões pescados, proteção de áreas de berçario e épocas de defeso.
Atualmente, temos no máximo 70 ataques de tubarão por ano no mundo todo. Estatísticas da FAO (órgão das Nações Unidas) estimam que 100 a 150 milhões de tubarões são capturados e mortos anualmente em todos os oceanos. Quem são os verdadeiros assassinos dos mares?
Visite o site e conheça o trabalho do Protuba - http://www.institutoaqualung.com.br/protuba.html
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Resumo: PESCA E ICTIOFAUNA NA ÁREA ADJACENTE AO
Palavras-chave: pesca, ictiofauna, Vila do Conde.
Enfim, o lançamento do livro do Grupo de Estudos de Elasmobrânquios do Maranhão
O primeiro livro consta da compilação de 20 anos de pesquisas sobre elasmobrânquios nas águas do estado do Maranhão adaptada a um linguagem acessível para todas as pessoas com interesse nesse grupo de fascinantes, onde podem ser encontrados algumas fotografias, ilustações, jogos e muitas outras curiosidades sobre a nossa condrofauna.
O segundo livro é organizado em vários capítulos resultantes de pesquisas realizadas pelo Departamento de Biologia e Química da UEMA, assim os dois primeiros capítulos tratam de: Alimentação de peixes teleostei de valor comercial capturados na área de proteção ambiental das Reentrâncias Maranhenses e Elasmobrânquios no Maranhão: biologia, pesca e ocorrência.
terça-feira, 16 de outubro de 2007
DINÂMICA POPULACIONAL DO BAGRE GURIBU (Hexanematichthys herzbergii) (TELEOSTEI, ARIIDAE) do estuário do Rio Anil (Maranhão-Brasil)
O presente estudo aborda a avaliação de estoque do Hexanematichthys herzbergii no estuário do rio Anil, com relação às estimativas de crescimento, mortalidade e taxa de explotação da espécie. Foram realizadas capturas bimestrais nos períodos de maio de 2000 a janeiro de 2003, utilizando redes de emalhar em quatro pontos de coleta no estuário. Foram capturados 9.828 indivíduos, com comprimentos variando entre as classes de 10,0 e 49,2 cm, sendo mais freqüentes entre as classes de 14,8 e 22,8 cm. As análises foram efetuadas a partir de dados de frequência de comprimento, através das rotinas incluídas no pacote FISAT (FAO/ ICLARM Stock Assessment Tools). Os parâmetros de crescimento da equação de von Bertalanffy foram estimados para todo o período, sendo L8= 51,05 cm, K= 0,15 ano-1, C= 0,2 e Wp= 0,6. A taxa de mortalidade total (Z), calculada pela curva de captura e por métodos baseados no comprimento médio dos indivíduos capturados, foi de 0,89 ano-1. A taxa de mortalidade natural (M), estimada pela equação empírica de Pauly, foi de 0,43 ano-1, e a taxa de mortalidade por pesca (F) foi de 0,46 ano-1. A taxa de explotação foi de E=0,52 ano”1, mostrando que o estoque está sendo capturado com um certo grau de intensidade. De acordo com a curva de probabilidade de captura foi estimado o comprimento médio de primeira captura (L-50) de 13,88 cm.
CARACTERÍSTICAS, OPERACIONALIDADE E PRODUÇÃO DA FROTA SERREIRA NO MUNICÍPIO DA RAPOSA - MA
Por: Elizabeth Galvão Soares, Antonio Carlos Leal de Castro, Milton Gonçalves da Silva Júnior
Este trabalho aborda as características, operacionalidade e produção pesqueira da frota serreira, no município da Raposa, no período de março a dezembro de 2003, com desembarques nos portos da Praia da Raposa e Braga. Os dados utilizados são provenientes da Capitania dos Portos do Maranhão, Programa Revizee (Recursos Vivos da Zona Econômica exclusiva) e da comunidade de pescadores do município. Os barcos foram agrupados em duas categorias: pequenos - com comprimento total máximo em torno de 10m; grandes - com comprimento total superior a 10m. Barcos pequenos e grandes operam com autonomia de até 15 dias de mar/mês. Esta frota está composta por 354 embarcações. Definiram-se em função do tamanho, forma e modo de operação 5 tipos de embarcações da frota que são: 1 - biana aberta; 2 - biana fechada; 3 - bote; 4 - casco; 5 - barcos de fibra. Os últimos controles de desembarques no município efetuados nos anos de 1999 e 2000, registraram uma produção média da frota de 9.718,51 ton/ano e 6.549,9 ton/ano, respectivamente.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
VII Congressso Venezuelano de Ecologia
De 5 a 9 de novembro de 2007, acontecerá na cidade de Gayana o VII Congressso Venezuelano de Ecologia. Com o tema central: “A sociedade é parte do ecossistema”, o comitê organizador do evento convida pesquisadores para quatro dias de discussão e reflexão sobre o papel do ser humano como integrante dos ecossistemas e a necessidade de trabalhos que possam gerar conhecimentos básicos.
Maiores informações no site: http://www.cvecologia.org/
Boas novas sobre Urotrygon microphthalmum Delsman, 1941
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
ELASMOBRÂNQUIOS NO MARANHÃO: BIOLOGIA, PESCA E OCORRÊNCIA.
ASPECTOS ALIMENTARES DE Dasyatis guttata (ELASMOBRANCHII, DASYATIDAE) NA COSTA MARANHENSE
ALIMENTAÇÃO DE Carcharhinus acronotus (ELASMOBRANCHII: CARCHARHINIDAE) DA COSTA DO MARANHÃO, BRASIL
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Diretas de Santa Marta: o caribe colombiano.
Analisando minha participação no IX Simposio Colombiano de ictiología y I Encuentro Colombo-venezolano de ictiólogos, o evento apresentou como resultado um gigantesco saldo positivos em todos os sentidos.
Primeiro, para quem chegou em outro país sem nenhuma credencial e completamente anônimo, de repente passa ser badalado em termos de troca de experiências diante da eloquência dos seus próprios trabalhos não é para qualquer um. Isto foi a primeira experiência inesquecível.
A segunda grande experiência pegou carona na primeira, onde trocas de informações geraram contatos tão imediatos que alguns trabalhos surgiram imediatamente de conversas informais para renderem bons frutos, quem sabe ótimas parcerias com cooperações institucionais no futuro.
Outra experiência que não vou nem classificar reuniu nada menos que momentos de longas conversas com os principais pesquisadores da Colombia e Venezuela, respectivamente Arturo Acero e Fernando Cervigón. Conhecia as duas pessoas somente através de suas obras e ultimamente tinha feito muitos contatos por e-mail, mas eles são muito mais que pessoas lendárias são grandes personalidades íntegras e extremamente gentis.
Por último, uma grande descoberta! O Maranhão também é caribe!!!! Não só apenas pela similaridade da composição da sua ictiofauna. Mas pela alegria e hospitalidade do seu povo, encontrei até rítmos semelhantes ao Tambor de Crioula e Cacuriá...
Espero que possa visitar este lugar mais vezes e estreitar cada vez mais os laços entre estes povos e nações com muitas coisas em comum.
Na foto: sentados da esquerda para direita: Alfredo Gómes (Ven), Fernando Cervigón (Ven) e Arturo Acero (Col). Em pé da esquerda para direita: Oscar Lasso-Alcala (Ven), Armando Ortega-Lara (Col), Jorge L.S. Nunes (Bra) e Luz Marina Mejía-Ladino (Col).
Durante Operação Lagosta Legal, Ibama apreende 29 quilos de pargo e 12,2 de mero em São Luís
Na reunião técnica promovida pela Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama nos dias 14 e 15 de agosto, foi decidida a extensão por mais cinco anos da aplicação da Portaria Nº 121, de 20 de setembro de 2002, que proíbe a captura do mero (Epinephelus itajara). A portaria foi prorrogada devido à aproximação do vencimento do prazo e por se tratar de um peixe com crescimento lento e de alta longevidade, podendo viver mais de 40 anos. A medida também proíbe o transporte, a comercialização, o beneficiamento e a industrialização do mero proveniente da pesca proibida.
O mero é o maior peixe ósseo do Oceano Atlântico Sul, pode alcançar três metros de comprimento e mais de 400 quilos. É uma espécie criticamente ameaçada de extinção e pouco estudada. Por ser dócil e habitar áreas de manguezais e corais, é uma presa fácil para os infratores.
De segunda a quinta-feira, as equipes formadas por agentes da Superintendência Estadual do IBAMA em São Luís , do Batalhão de Policiamento Ambiental e da Capitania dos Portos vistoriaram um total de 29 embarcações pesqueiras nos portos do Braga (município de Raposa), Vieira e Barbosa (São José de Ribamar), Portinho (São Luís) e da Vovó (na Barragem do Bacanga, também na capital maranhense), sendo que 15 delas foram notificadas a apresentar em 10 dias a licença emitida pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, caso contrário poderão ser autuadas. Mas a operação não encontrou aportado nenhum dos três barcos lagosteiros licenciados pela SEAP no Maranhão, a informação é de que estes se encontram em alto-mar e devem desembarcar em Bragança, no Pará. Por isso a segunda etapa de execução do Plano Emergencial de Fiscalização da Pesca da Lagosta deve continuar no mês de outubro, desta vez no mar com equipes de fiscais embarcadas com apoio da Marinha, cumprindo uma programação que deve ir até o fim do ano.
Embora a lagosta esteja fora do período de defeso (proteção da lei à reprodução da espécie), que vai anualmente de 1º de janeiro a 30 de abril (neste ano houve uma prorrogação da proibição até 15 de junho), a pesca só pode ser realizada por embarcações autorizadas pelo Governo Federal, desde que o façam além do limite de quatro milhas marítimas da costa. Devem ser respeitados os tamanhos mínimos (13cm de comprimento de cauda e 7,5cm de cefalotórax para a espécie vermelha, 11cm de cauda e 6,5 de cefalotórax para a espécie cabo verde) e a proibição de petrechos de pesca considerados predatórios como as redes de caçoeira, as marambaias, aparelhos de mergulho e o uso do compressor. A captura só é permitida com o emprego de armadilhas do tipo covo ou manzuá, cuja malha deve ser quadrada e ter no mínimo 5cm de espaço entre nós consecutivos.
A primeira fase nacional da Operação Lagosta, entre os meses de abril e julho, resultou em 17 autos de infração totalizando R$ 73 mil reais em multas no estado do Maranhão, além da apreensão de 73 quilos de lagosta no comércio durante o defeso, período no qual foram vistoriadas 319 unidades de produção de pescado. No pós-defeso (de 16 de junho a 31 de julho) foram vistoriadas 120 UPPs, incluindo restaurantes, supermercados, mercados do peixe, frigoríficos, peixarias, carros transportando pescado, fábricas de gelo e embarcações.
Segundo informações da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, 12 embarcações lagosteiras que tiveram seus pedidos de permissão de pesca negados entraram com recursos que no momento estão sendo analisados. De acordo com dados do Estatpesca (2005), a produção anual de lagostas desembarcada no Maranhão é de 10,8 toneladas, sendo 10,2t no município de São José de Ribamar e 600 quilos/ano em Tutóia. Mas a produção total do crustáceo na costa maranhense é estimada em 205,4 toneladas, cerca de 95% do volume pescado aqui é levado para outros estados, principalmente o Ceará, maior produtor nacional (3.102,6 toneladas desembarcadas, segundo dados de 2004).
O vizinho Piauí, apesar de ter um litoral curto com apenas 66km de extensão, tem o desembarque de 23,9 toneladas/ano, mais do dobro do volume beneficiado no Maranhão com seus 640km de costa. Inclusive sete das 12 embarcações que estão pleiteando com recurso para obtenção de licença na Seap/MA são do município de Luís Corrêa (PI). Os fiscais que visitaram os portos de Raposa e Ribamar nesta semana receberam informações sobre a saída de diversos barcos para pescar lagosta em alto-mar na região do Parcel de Manoel Luís (importante banco de corais no litoral noroeste do Maranhão). Outras importantes regiões pesqueiras do crustáceo no estado são o entorno do Farol de Santana em Humberto de Campos e as ilhas da Reserva Extrativista Marinha de Cururupu.
Considerando o alto valor agregado do produto que acaba não sendo revertido em benefícios econômicos para o estado, o combate à pesca predatória da lagosta no litoral maranhense começou a ganhar na mídia e entre os pescadores locais uma conotação de proteção dos recursos naturais do estado no estilo "a lagosta é nossa" (slogan usado em duas rádios da capital), embora as embarcações devidamente licenciadas pela Seap e cadastradas no Ibama tenham autorização para atuar em todo o litoral Norte-Nordeste. Durante a primeira fase da fiscalização no Maranhão, entre os 17 autos de infrações registrados, houve casos de barcos de pesca sem licença, uso de petrechos proibidos (redes de caçoeira e uso de compressor), comercialização sem declaração de estoque durante o defeso e desrespeito aos tamanhos mínimos.
A Operação Lagosta Legal, realizada em conjunto com a Marinha do Brasil, contou também com a participação das Polícias Federal, Rodoviária, Civil e Militar. A idéia é realizar uma ação de caráter preventivo ao impedir a captura e o desembarque ilegal de lagostas das espécies verde e vermelha. Também são alvos da fiscalização pelo Ibama outras fases da cadeia produtiva como a comercialização e a exportação do crustáceo.
Somando os 12 estados envolvidos na operação, duzentos agentes de fiscalização distribuídos em 50 equipes fizeram uma varredura em embarcações pesqueiras, portos, indústrias, frigoríficos, peixarias, restaurantes, bares, hotéis, feiras e mercados nos nove estados do Nordeste, e no Amapá, Pará e Espírito Santo. No mar, a bordo de embarcações da Marinha do Brasil, os fiscais do Ibama verificam a permissão e os equipamentos de pesca. Os agentes da Marinha checam a documentação dos barcos e instrumentos de salvamento obrigatórios. Só podem exercer a atividade de pesca os barcos devidamente permissionados pela Secretaria Especial de Pesca e Aqüicultura. O uso de manzuá ou covo, um tipo de armadilha de pesca, é o único petrecho permitido para captura das lagostas. Já as redes caçoeira, considerada por especialistas em meio ambiente como altamente predatória, e os compressores são apreendidos pelos fiscais do Ibama.
A Operação Lagosta Legal inaugurou a segunda etapa do Plano Emergencial de Fiscalização da Pesca da Lagosta, uma ação do Governo Federal coordenada pelo Ibama, Ministério do Meio Ambiente e Seap e desenvolvida a partir deste ano. Desde o começo de 2007, durante e após o período de defeso da espécie, foram vistoriadas no Brasil inteiro mais de 6 mil unidades de produção e comercialização de lagosta e aplicadas 426 multas que somadas ultrapassam R$ 1,7 milhão.Ao todo, os fiscais do Ibama apreenderam no país mais de 9 toneladas de lagosta, 88 barcos e 167 mil metros de rede caçoeira.
Por: Paulo Roberto Araújo Filho (Assessoria de Comunicação do Ibama/MA)
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Análise da ecomorfologia de duas espécies de bagres (Teleostei: Siluriformes: Ariidae) do rio Paciência, Maranhão-Brasil
Orientador: Nivaldo Magalhães Piorski
Graduação em Ciências Biológicas – Universidade Federal do Maranhão
Ano de defesa: 2007
As espécies Ariopsis bonillai e Sciades herzbergii estão entre as espécies de peixes da família Ariidae de maior freqüência nos estuários maranhenses, porém estudos biológicos de qualquer natureza, utilizando amostras de populações desta região, são escassos. Diante disso, o presente estudo analisa as relações entre a dieta e as características morfológicas destas duas espécies, comparando a eficiência de duas técnicas morfométricas para obtenção e descrição de dados ecomorfológicos. As técnicas utilizadas (índices morfológicos e redes de treliça) foram aplicadas sobre uma amostra de 35 exemplares de cada espécie. As matrizes de dados geradas forma submetidas separadamente à Análise de Componentes Principais. Ambas as técnicas de descrição morfológica identificaram diferenças morfológicas entre os grupos. Os índices ecomorfológicos com maior peso para A. bonillai foram o índice de compressão, a altura relativa do corpo e a configuração da boca. Em S. herzbergii foram maiores os índices da configuração da nadadeira caudal, comprimento relativo do pedúnculo caudal e posição relativa do olho. A rede de treliça atribuiu um maior alongamento horizontal do meio do corpo para S. herzbergii e maior nadadeira anal, maior altura do pedúnculo caudal, e altura do corpo para A. bonillai. A análise da dieta, realizada em uma amostra de 65 indivíduos de S. herzbergii e 55 de A. bonillai, indicaram que as espécies são generalistas apresentando preferência alimentar por determinados ítens. Material vegetal e poliquetas foram os ítens mais consumidos por A. bonillai, sendo que decápodes e peixes por S. herzbergii. A análise combinada dos dados da dieta e da morfologia indicaram que S. herzbergii é uma espécie que ocupa a porção inferior da coluna d’água, relacioando-se ao consumo de ítens bentônicos como decápodas e ítens grandes como peixes. Em A. bonillai as estruturas evidenciam o consumo de ítens em diferentes profundidades na coluna d’água e através da sucção, tais como poliquetas e ítens pequenos (microcrustáceos, insetos e larvas). As duas técnicas permitiram relacionar a dieta à morfologia, sendo os índice mais informativos. Entretanto, recomenda-se o uso de ambas as técnicas, pois a rede de treliça pode identificar estruturas importantes para ecologia das espécies que não poderiam ser observadas pelos índices morfológicos.
Palavras-chaves: Ecomorfologia, Ariidae, dieta.
Mobula hypostoma (Bancroft, 1831)
As raias desta família são de grande porte, podendo atingir algo cerca de 7,0 metros de envergadura e seu peso ultrapassar 1 tonelada. Apesar do seu tamanho colossal a dieta de M. hypostoma é composta por organismos zooplanctônicos. Seus dentes são muitíssimo pequenos formando uma placa áspera. A sua configuração geral apresenta uma cauda distinta e longa que afina gradualmente; uma nadadeira dorsal; e ferrão ausente.
A distribuição geográfica corresponde ao Atlântico ocidental e o seu padrão de colorido varia do azul escuro ao azul violáceo na porção dorsal, enquanto que seu ventre é branco.
Para conhecer mais:
Carvalho-Filho, A. 1999. Peixes da costa brasileira. (3ª ed). 320P. São Paulo: Editora Melro.
McEachran, J.D. & Carvalho, M.R. de. 2002. Batoid Fishes. pp. 507-589. In: The living marine resources of the Western Central Atlantic. Vol. 3: Bony fishes part 2 (Opistognathidae to Molidae), sea turtles and marine mammals. FAO Species Identification Guide for Fishery Purposes and American Society of Ichthyologists and Herpetologists Special Publication. Nº 5. Rome, FAO.
Nunes, J. L. S. ; Almeida, Zafira da Silva de ; Piorski, Nivaldo Magalhães . Raias capturadas pela pesca artesanal em águas rasas do Maranhão-Brasil. Arquivos de Ciências do Mar, Fortaleza, v. 38, p. 49-54, 2005.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Conheça a espécie Bathygobius soporator (Valenciennes, 1837)
Quanto à morfologia, apresentam o corpo deprimido, suas nadadeiras pélvicas são modificadas em uma ventosa que se adere ao substrato para evitar que o indivíduo seja arrastado pelo batimento das ondas e, por possuir pequeno porte podem se abrigar em pequenas fendas nas rochas. As poças de marés da Ilha do Maranhão são completamente dominadas por esta espécie, além das características anatômicas, morfológicas e fisiológicas o seu comportamento territorialista lhe ajuda bastante para manter este status.
O padrão de colorido é completamente versátil, costumam ficar imóveis usando sua camuflagem. Nas fotos você pode observar um pouco da sua camuflagem junto ao fundo da poça, note que as fotografias dos peixes maiores (2ª e 3ª) correspondem ao mesmo indivíduo.
Sua distribuição geográfica corresponde aos dois lados tropicais do Oceano Atlântico.
Para conhecer mais:
CARVALHO-FILHO, A. 1999. Peixes da costa brasileira. 3ª ed. São Paulo: Editora Melro. 320p.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Novidade no blog Peixes do Maranhão
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Expedição pelo Maranhão
Entretanto, logo fomos contrariados pela nossa idéia, que, se o estado do Maranhão que é muito rico em bacias hidrográficas, logo será rico em recursos pesqueiros também! Estávamos redondamente enganados, e nos decepcionamos com a realidade nua e crua destes lugares. Por outro lado, é claro que encontramos fartura e isso nos deixou mais tranquilos. Mas até quando?
Bem, agora vamos falar no bom português. É certo que esta época do ano os peixes ficam mais escassos, segundo os pescadores os rios ficam com as águas mais claras e os ventos sopram mais fortes, desta forma os peixes tendem a se esconderem.
Outros problemas também são notórios, primeiro visitando os mercados públicos encontramos muitos peixes provenientes de outras regiões distantes, como é caso da Bahia, Santarém e até mesmo de outras regiões do Maranhão.
O Lago Açu é o principal produtor e distribuidor de pescado para todo o estado, mas até quando?
É incrível que rios tão caudalosos como Itapecuru, Parnaíba e Balsas sejam tão pobres em peixes. Os problemas são apontados constantemente, é só visitar para comprovar. Desmatamento nas encostas, projetos agropastoris, extração de areia e se seixo, assoreamento e por último encontram-se muitas espécies invasoras. Tilápia já é comum, mas ainda existem Tucunarés, Pacus e agora a nova sensação, o Piauzão da Bahia. Nada de novidade!
Outra observação muito interessante foi que em certas regiões existem escassez de peixes nos rios, mas não nos lagos. Alguns lagos possuem fartura de peixes, sendo encontrados de tamanhos bem grandes.
Isto impressiona positivamente as expectativas e nos faz pensar em uma política de recursos pesqueiros mais séria e responsável para manutenção dos estoques para aquelas pessoas que dispõem apenas disso para sobreviver e futuras gerações. Aliás, são eles que menos agridem o ambiente, menos são aparados pelas políticas e inexplicavelmente são os principais alvos nas fiscalizações.
Está na hora de unir as bases a fim de criar estratégias, programas, planos... enfim descruzar os braços para esta realidade degenerativa e incluir segmentos que tenham vontade e capacidade para resolvê-los. Dar um verdadeiro pontapé nos coleguicismos incompetentes como apenas idéias de marketing pessoal e aqueles miram seus próprios umbigos.
Conheça a espécie Abudefduf saxatilis (Linnaeus, 1758)
Sua distribuição geográfica corresponde a faixa desde o Estados Unidos até o Uruguai, também ocorrendo nas Antilhas e Ilhas oceânicas do Atântico. Ocorrem também na porção oriental do Atlântico, da Angola à África do Sul.
Suas principais características morfológicas são o seu formato ovalado; cinco faixas verticais negras visíveis sobre os flancos que variam de amarelo ao laranja e uma faixa negra quase imperceptível no pedúnculo caudal, sua coloração muda para tonalidades azuis-esverdeadas em períodos de maturação. Podem medir até 20cm de comprimento total.
Juvenis são encontrados em poças de marés, topo de recifes rasos. Podem se comportar como peixes limpadores em estações de limpeza. Entre seus clientes estão a tartaruga verde e os golfinhos. Os adultos formam grandes cardumes de forrageamento, se alimentando de vários itens que incluem algas, poliquetos, pequenos crustáceos e inclusive regurjito de golfinhos.
Para conhecer mais:
CARVALHO-FILHO, A. 1999. Peixes da costa brasileira. 3ª ed. São Paulo: Editora Melro. 320p.
FROESE, R. & PAULY, D. (Editors). 2004. FishBase. World Wide Web electronic publication.
sábado, 11 de agosto de 2007
Participe do IV Workshop de Chondrichthyes do NUPEC
O evento reunirá os maiores nomes de especialistas nacionais e internacionais, como: Dr. Ricardo de Souza Rosa, Dr. Samuel Gruber, Dra. Patricia Charvet-Almeida, Dr. Alberto Ferreira de Amorim, Dr. Carlos Arfelli, Dr. Venâncio Guedes de Azevedo, Dr. Otto B. F. Gadig, Dr. Manoel Gonzalez, MSc. Mauricio Pinto Almeida e Dr. Fábio Motta.
Para maiores informações:
Participe do IX Simpósio Colombiano de Ictiólogos e I Encontro de Colombo-venezuelano de ictiólogos
Para maiores informações acesse o site:
http://simposioictiologia.unimagdalena.edu.co
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Conheça a espécie Narcine brasiliensis (Olfers, 1831)
Sua configuração morfológica apresenta um disco com formato semi-circular variando moderadamente ao ovóide; margens da nadadeira peitoral que formam o disco levemente arredondadas. A cauda afinando a medida que se aproxima da sua extremidade posterior, apresentando-se dorsalmente arredondada e aplanada na porção ventral. A nadadeira caudal tem o formato de um triangulo isósceles; a primeira nadadeira dorsal situada sobre o dorso da cauda seguida pela segunda nadadeira dorsal.
O padrão de colorido do dorso varia do cinza ao marrom com manchas escuras, mas podem variar para o cinza homogêneo e a superfície ventral branca.
Sua distribuição é restrita ao oceano Atlântico, mas podem ser encontradas em águas temperadas e tropicais. Podem ser encontradas em todo o litoral brasileiro em profundidades de até 20m.
Para ler mais
CARVALHO-FILHO, A. 1999. Peixes da costa brasileira. 3ª ed. São Paulo: Editora Melro. 320p.
FROESE, R. & PAULY, D. (Editors). 2004. FishBase. World Wide Web electronic publication.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Conheça a espécie Balistes vetula Linnaeus, 1758
Apresentam diferenças na dieta ao longo do ciclo de vida, sendo que os jovens se alimentam preferencialmente de invertebrados bentônicos (invertívoros), enquanto os adultos alimentam-se principalmente de peixes.
Morfologicamente caracterizam-se pela presença de três espinhos visíveis na nadadeira dorsal; nadadeiras pélvicas fundidas e um espinho rugoso anterior; escamas ctenóides marcadamente unidas; evidentes manchas azuis radiais cercando os olhos e duas faixas azuis na face, partindo da boca até a base da nadadeira peitoral.
Distribuem-se nos oceanos Atlântico e Índico, podem ser encontrados em ambientes de fundo consolidado. Comumente encontrados em áreas de fundo rochoso e coralino, com profundidade até aproximadamente 100m, mas também ocorrem normalmente em profundidades menores.
Para ler mais:
CARVALHO-FILHO, A. 1999. Peixes da costa brasileira. 3ª ed. São Paulo: Editora Melro. 320p.
FROESE, R. & PAULY, D. (Editors). 2004. FishBase. World Wide Web electronic publication. www.fishbase.org.
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Conheça a espécie Gymnura micrura (Bloch & Scheneider, 1801)
No Brasil ocorrem duas espécies: G. altavela e G. micrura, as duas com um ampla distribuição em áreas litorâneas do Oceano Atlântico. Estas duas espécies são bentônicas de águas rasas que habitam fundos arenosos e barrentos em estuários e bocas de rios.
O padrão de coloração da raia baté é muito variado desde o cinza, passando pelo verde oliva, cor-de-rosa até marrom escuro na região dorsal, com ou sem manchas espalhadas; e com a cor do ventre branco para amarelo.
Morfologicamente apresentam a largura do disco maior que o seu comprimento, cauda curta e desprovida de ferrão.
Normalmente faz parte da fauna acompanhante da pesca de camarões e às vezes são capturadas de forma incidental pela pesca artesanal na costa do Maranhão.
FROESE, R. & PAULY, D. (Eds). 2007. FishBase. World Wide Web electronic publication. Disponível em: http//www.fishbase.org.
Participe do VII - BIOINC, Congresso de Bioincrustação, Ecologia bêntica e Biocorrosão
terça-feira, 24 de julho de 2007
Visite o Projeto Orla Viva
O projeto possui uma exposição permanente na sede localizada na praia do Araçagy (São Luís, Maranhão) que consta de um acervo de materiais biológicos representantes da biota local, palestras com vários especialistas e visitas de campo.
O roteiro de atividades incluem atividades internas na sede com exposição dos aspectos teóricos, materiais fixados, fotografias e aquários marinhos com vários representantes faunísticos. Há atividade externa com aplicação de conceitos sobre oceanografia e observação de fenômenos.
O público alvo das visitas assistidas são os curiosos de plantão, assim como estudantes universitários, do ensino médio e fundamental de escolas públicas e privadas. Se você se interessa por esse tema é muito fácil agendar sua visita ou de seus alunos através de contato por correio eletrônico: orlaviva@ig.com.br, zeca_maia@yahoo.com.br e acompanhe também as fotos do flogão do projeto Orla Viva: http://www.flogao.com.br/orlaviva
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Conheça a espécie Ancistrus sp
Em tempos de internet o mundo é pequeno e tudo e todos são encontardos, então passei um e-mail para agora meu novo colega para que ele me esclarecesse as dúvidas. Sem exitar o doutorando Alexandre Rodrigues Cardoso da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, que inclusive já descreveu espécies de bodó, me atendeu de imediatamente repassando sua experiência.
Segundo Alexandre Cardoso o peixe é um Ancistrus sp, visto que o material que ele analisou era uma fotografia que fora enviado para seu correio eletrônico. Desta mesma, esclarece que o bodó pertence à família Loricariidae, família de peixes bem comuns no Maranhão, que se alimentam de algas após rasparem pedras e consiste em um peixe ornamental. No Brasil há aproximadamente 19 espécies válidas pertencentes ao gênero Ancistrus. A tal estrutura é denominada de odontódeos hipertrofiados do interorpérculo, também é conhecida por interorpérculo de placas móveis. Esta estrutura é orientada para frente quando o animal é capturado ou está no estado de prontidão. Contudo, a principal função pode está relacionada à defesa, havendo dimorfismo sexual, onde os mahos apresentam odontódeos maiores. Além destes odontódeos hipertrofiados do interorpérculo existem os odontóideos não hipertrofiados, que são carnosos, que constitui uma função sensorial.
Em outros sistemas hidrográficos maranhenses também já foram encontrados a espécie Ancistrus sp, a exemplo do rio Itapecuru, do rio Pindaré e do rio Turiaçu. Porém, pode ser levantada a hipótese que esta espécie pode ser diferente entre estes sistemas devido ao isolamento geográfico, o rio Itapecuru está mais a leste do estado do Maranhão e os outros dois estão na porção ocidental.
Por fim, agradeço ao pesquisador Alexandre Cardoso e ao aluno André por demonstrarem grande cordialidade ao compartilhar as informações.
Para ler mais:
Armbruster, J.W. 2004. Phylogenetic relationships of the suckermouth armoured catfishes (Loricariidae) with emphasis on the Hypostominae and the Ancistrinae. Zoological Journal of the Linnean Society, 141: 1–80.
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Etnoictiologia no Maranhão
No contexto desta interação surge a etnoecologia, parte integrante do universo maior do entoconhecimento, funcionando como uma ferramenta de preservação, sensibilização, conscientização e aperfeiçoamento do manejo ambiental.
No advento desta tendência compartilhada de conhecimento alguns trabalhos têm sido realizados no estado do Maranhão com o intuito de diagnosticar algumas alterações ambientais a partir de indicadores e tensores ambientais apontados através do conhecimento popular tradicional.
Outro estudo realizado com indígenas do Maranhão pontua as interações de atividades no campo do entoconhecimento, destacando as principais espécies de peixes de água doce capturadas, atividades de pesca, conservação e preparação. Na ocasião foram listadas 36 espécies pertencentes a seis ordens e 17 famílias. As artes de pesca que sobressaíram foram arco e flecha, anzóis e a utilização da raiz de timbó.
Futuramente estaremos levantando informações sobre a etnoictiologia no rio Munim, tributário muito importante para o estado do Maranhão que apresenta sinais notórios de comprometimento ambiental, como: desmatamento, bioinvasão, erosão, extrativismo mineral e especulação agrícola.
Piorski, N.M.; Castro, A.C.L. & Pinheiro, C.U.B. 2003. A prática da pesca entre grupos indígenas das bacias dos rios Pindaré e Turiaçu, no estado do Maranhão, Nordeste do Brasil. Boletim do Laboratório de Hidrobiologia, 16: 67-74.
domingo, 8 de julho de 2007
Conheça a espécie Trichiurus lepturus Linnaeus, 1758
É uma espécie típica de ambiente marinho, podendo ser encontrada em ambientes costeiros. Quanto sua disposição da coluna d’água, são considerados bentopelágicos, e podem habitar fundos de areia e lama. Carnívoras, mas dieta em indivíduos jovens e adultos diferem quanto aos itens alimentares, os jovens alimentam-se de peixes pequenos e invertebrados planctônicos, enquanto os adultos alimentam-se preferencialmente de peixes e raramente alimentam-se de lulas e crustáceos.
No Maranhão presentam importância comercial e são comumente capturados pela pesca de curral e arrasto de praia, são bastante apreciados nas praias.
sábado, 7 de julho de 2007
Pesca de elasmobrânquios no estado do Maranhão
Normalmente seus sub-produtos, como mandíbula, dentes, couro não são utilizados pela prática comercial. O consumo da carne de tubarões e raias é comum na população maranhense. Por outro lado, existe a prática de exportação para países como China e Japão, onde o estado do Pará atua como atravessador.
Sobre a diversidade que compõem a condrofauna capturada encontramos 16 espécies de raias e 19 de tubarões.
Entre os tubarões a espécie mais abundante é Rhizoprionodon porosus, que habita normalmente águas costeiras, baías, enseadas. Podem ser encontradas até 100m de profundidade, embora sejam comuns em águas rasas. Animais adultos realizam migrações reprodutivas e/ou alimentares para ambientes mais profundos. A primeira situação ocorre principalmente no período de menor pluviosidade, enquanto que a migração trófica ocorre nas épocas de maior pluviosidade.
Já entre as raias, a espécie Dasyatis guttata é muito comum no litoral maranhense, sendo que sua abundância lhe gabarita à primeira colocação na lista de Batoidei mais comuns no Estado. Este acontecimento ocorre devido ás características ambientais da região que oferecem condições perfeitas de tipos de habitats.