As piranhas são membros da família Characidae, uma família de mais de 1200 espécies, pertencendo a sub-família Serrasalmidae, um nome baseado no fato de que todos os membros têm uma quilha afiada que torna o nado mais rápido, que é dividida em gêneros distintos: Pygocentrus, Serrasalmus, Pristobrycon, Pygopristis, Catoprion, Metynnis, Colossoma e mais alguns. São peixes de água doce, muito utilizados comercialmente, vivem em rios, lagoas e represas, desde o norte da Amazônia até a costa oeste do Rio Grande do Sul
A maioria das espécies de piranhas habitam uma zona térmica que varia de 25°C até 30°C, e o pH ideal seria de 5.5 até 7.0, tendo pequenas variações de espécie para espécie. Na natureza o comprimento varia entre 15-30cm, porém algumas espécies podem atingir até 45cm.
Quanto à reprodução as piranhas são vivíparas, com cuidado parental, praticado apenas pelos machos ou fêmeas solitárias, ou de ambos e até mesmo sem cuidado parental. As piranhas têm um período de reprodução definido, embora sua a desova seja prolongada começando no início das cheias.
A maioria das espécies de piranhas habitam uma zona térmica que varia de 25°C até 30°C, e o pH ideal seria de 5.5 até 7.0, tendo pequenas variações de espécie para espécie. Na natureza o comprimento varia entre 15-30cm, porém algumas espécies podem atingir até 45cm.
Quanto à reprodução as piranhas são vivíparas, com cuidado parental, praticado apenas pelos machos ou fêmeas solitárias, ou de ambos e até mesmo sem cuidado parental. As piranhas têm um período de reprodução definido, embora sua a desova seja prolongada começando no início das cheias.
No Maranhão as espécies mais comuns são Pygocentrus nattereri e Serrasalmus brandtii. Vulgarmente chamadas de piranha vermelha ou piranha caju (P. nattereri) e pirambeba (S. brandtii). Pygocentrus nattereri é caracterizada por apresentar perfil dorsal convexo, focinho curto e arredondado com mandíbula volumosa e prognata. O corpo tem um perfil geral arredondado e padrão de colorido cinza-prateado, com o dorso mais escuro e região antero-ventral de alaranjada a avermelhada. Serrasalmus brandtii, por sua vez, apresenta perfil dorsal côncavo na região occipital. O corpo é mais alongado e mais baixo do que Pygocentrus nattereri, sendo o padrão de colorido cinza-prateado com manchas escuras dispersas pelos flancos. Geralmente piranhas do gênero Serrasalmus são peixes solitários ao contrário das do gênero Pygocentrus que vivem em grandes cardumes.
Em peixes, a composição da dieta pode apresentar variações sazonais. Estas variações podem ocorrer devido a alterações na disponibilidade de alimentos provocada por mudanças nos habitats disponíveis para forrageamento, mudanças devido a padrões biológicos dos organismos – presa e mudanças provocadas pelas atividades alimentares dos peixes em si. Piranhas são peixes com estrutura dentária adaptada para arrancar pedaços de suas vítimas, que são engolidas sem mastigar.
Estudos recentes têm demonstrado que diversas espécies de piranhas apresentam grande variedade de hábitos alimentares. Foi observado nas lagoas do rio São Francisco que Serrasalmus brandtii apresentou aumento no consumo de insetos aquáticos durante a estação chuvosa. Frutos e sementes são dois itens bastante necessários à dieta de piranhas. Em estômagos de outra espécie do mesmo gênero, Serrasalmus altuvei, foram observados peixes inteiros, matéria vegetal, escamas, insetos adultos, ovos e larvas de insetos. Com uma dieta alimentar muito variada, sendo consumidos animais, insetos até vegetais, as piranhas podem ser classificadas como onívora com tendência à piscivoria.
Seus predadores naturais também são bem variados, incluindo outras piranhas, peixes maiores, jacarés, cobras, tartarugas, aves, lontras, onças, botos e humanos.
Para conhecer mais:
AGOSTINHO, C. S. 1997. O Impacto da invasão da piranha Serrasalmus marginatus sobre a População de Serrasalmus spilopleura não do Alto Rio Paraná. Tese de Doutorado, Ecologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de São Carlos, 59p.
AZUMA, H. 1990. Produzindo a piranha de ouro, Serrasalmus gibbus. Trop. Fish Hobb. , 38: 64-69.
GOULDING, M. 1980. The fishes and the forest exploration in Amazonian natural history. Berkeley: University of California Press. 280pp.
GOULDING, M.; CARVALHO, M. L.; FERREIRA, E. G. 1988. Rio Negro: rich life in poor water. SBC Academic Publishing. The Hague, 200pp.
LEÃO, E. L. M.; LEITE, R. G.; CHAVES, P. T. C.; FERRAZ, E. 1991. Aspectos da reprodução, alimentação e parasitofauna de uma espécie rara de piranha, Serrasalmus altuvei Ramírez, 1965 (Pisces, Serrasalmidae) do baixo Rio Negro. Revista Brasileira de Biologia, 51: 545-553.
PIORSKI, N. M.; ALVES, J. de R. L.; MACHADO, M. R. B.: CORREIA, M. M. F. 2005. Alimentação e ecomorfologia de duas espécies de piranhas (Characiformes: Characidae) do lago de Viana, estado do Maranhão, Brasil. Acta Amazônica, Vol. 35(1) 2005: 63 - 70
POMPEU, P. S. 1999. Dieta da pirambeba, Serrasalmus brandtii Reinhardt (Teleostei, Characidae), em quatro lagoas marginais do Rio São Francisco, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 16 (supl. 2): 19-26.
SAZIMA, I.; MACHADO, F. A. 1990. Underwater observations of piranhas in western Brazil. Environmental Biology of Fishes, 28: 17-31.
WOOTTON, R. J. 1990. Ecology of teleost fishes. New York: Chapman and Hall. 404 p.
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Por: Maurilene Sousa Costa
Graduanda de Ciências Biológicas
Universidade Federal do Maranhão
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