domingo, 2 de maio de 2010

A PRÁTICA DA PESCA ENTRE GRUPOS INDÍGENAS DAS BACIAS DOS RIOS PINDARÉ E TURIAÇU, NO ESTADO DO MARANHÃO,




Autores:




Nivaldo Magalhães Piorski
Antônio Carlos Leal de Castro
Cláudio Urbano Bittencourt Pinheiro

Foram avaliadas as práticas de pesca dos povos indígenas Tenetehara/Guajajara, Ka’apor e Awá/Guajá em aldeias localizadas nas terras do Pindaré, Alto Turiaçu e Caru, bem como as espécies de peixes mais utilizadas por eles. Na coleta de dados sobre a pesca foram realizadas entrevistas informais, onde o número de entrevistas correspondia ao número de aldeias visitadas (13), obtendo assim informações sobre a arte da pesca e sobre o processamento do pescado. As espécies de peixes utilizadas pelos indígenas foram apresentadas e identificadas imediatamente, com o auxilio de bibliografia especializada, sendo catalogadas 36 espécies de peixes, distribuídas em seis ordens e 17 famílias. Dentre as espécies descritas, foram encontradas espécies endêmicas, que juntamente com a presença de espécies de pequeno porte sugerem a ocorrência de espécies novas na área. Os materiais de pesca utilizados pelos índios tendem a variar entre os povos, sendo que os mais utilizados são o arco e flecha, o anzol e o timbó (Leguminosae: Derris sp.), de onde pode ser extraída a rotenona, substância que produz efeitos tóxico em peixes. Os peixes capturados são conservados pelos Ka’apor e Awá/Guajá através de um processo de defumação em que o peixe fica “moqueado”, enquanto que os Guajajara utilizam o método de salga e secagem ao sol, além do uso de gelo para conservação do pescado. Este trabalho trouxe alternativas do uso do ambiente, com ênfase na piscicultura tencionando a melhoria da vida dos indígenas da região onde foi realizado o estudo.



Para conhecer mais:

Piorski, N.M.; Castro, A.C.L. & Pinheiro, C.U.B. 2003. A prática da pesca entre grupos indígenas das bacias dos rios Pindaré e Turiaçu, no estado do Maranhão, Nordeste do Brasil. Boletim do Laboratório de Hidrobiologia, 16: 67-74.


Um comentário:

Sara disse...

Eu acho que é muito interessante, espero que possamos aprender com a sua maneira de pensar, porque eles simplesmente comer os alimentos que você realmente precisa, eu espero que você tenha a oportunidade de falar sobre essas coisas em Pinheiros