Na estruturação da comunidade de peixes a
diversidade dos seus componentes também pode ser observada e avaliada através
de variações comportamentais e adaptações morfológicas que os conduzem para
diferentes usos de habitat e estratégias para obtenção de alimentos. Contudo, é
notória a convivência das várias espécies no mesmo ambiente, configurando uma
forma de segregação trófica através das distintas guildas tróficas: herbívoros,
onívoros, carnívoros (invertívoros, plânctívoros) e detritívoros. Desta forma,
estudos de ecologia trófica são pontuados como fundamentais para a compreensão
na estrutura de comunidade de peixes. O objetivo do presente estudo foi a
comparação da estrutura trófica ictiocenose intertidal dos estados do Maranhão,
Ceará, Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo e Santa Catarina através de
informações de monografias de conclusão de cursos de graduação, dissertações de
mestrado e artigos científicos publicados. A partir da lista taxonômica das espécies de peixes foi realizada sua
classificação trófica em seis categorias: planctívoros, detritívoros, invertívoros, onívoros, herbívoros e
carnívoros. Em seguida, uma matriz combinada com valores do percentual de cada
categoria trófica e Estado foi criada a fim de compará-los através da sua
abundância. O resultado da análise revelou que espécies com dieta s carnívoras
e onívoras foi dominante em todas as localidades, com exceção dos invertívoros
no estado do Maranhão e dos detritívoros em Pernambuco. A estrutura trófica dos
ambientes estudados provavelmente é influenciada pelos ecossistemas adjacentes.
A ocorrência de espécies representantes às várias categorias tróficas no
ambiente intertidal é resultado da grande diversidade de itens alimentares presentes
nestes habitats e da variedade de microhabitats potencialmente usados na
exploração pelos peixes intertidais.
Palavras-chave: composição trófica, peixes
intertidais, Brasil.
POR:
DE BRITO, Pâmella S.; DA SILVA, Pollyana V.; PIORSKI, Nivaldo M.; NUNES, Jorge Luiz S