sábado, 6 de abril de 2013

RELAÇÃO PESO-COMPRIMENTO DAS ESPÉCIES DE PEIXE DO TRECHO MÉDIO DO RIO MUNIM, MARANHÃO, BRASIL.

A relação peso-comprimento (RPC) é uma importante ferramenta na compreensão da biologia e ecologia de comunidades de peixes, pois permite a criação de estimativas do fator de condição, estado de desenvolvimento, peso e biomassa, permitindo inferir comparações de crescimento entre diferentes espécies ou entre populações diferentes de uma mesma espécie tanto em ambiente natural como em cativeiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar a rpc para 790 exemplares de peixes de 26 espécies, capturadas no trecho médio do rio Munim, permitindo inferir sobre as taxas de crescimento na comunidade de peixes. As espécies analisadas foram Aequidens tetramerus, Ancistrus sp., Astianax sp., Charax gibbosus, Crenicichla labrina, Curimata sp., Curimatela sp., Geophagus surinamensis, Hassar affinis, Hemiodus microlepis, Hoplias malabaricus, Hypostomus aff. Plecostomus, Leporinus piau, Metynnis sp., Pimelodella cristata, Platydoras brachylecis, Prochilodus lacustres, Poptella sp., Pygocentrus nattereri, Rineloricaria steidachneri, Satanoperca jurupari, Serrasalmus marginatus, Schizodon dissimilis, Sternopygus macrurus, Tetragonopterus sp. e Trachelyopterus galeatus. A relação peso-comprimento dos peixes foi realizada através da regressão linear simples representada pela fórmula Wt = aLtb descrita por Huxley (1924), sendo utilizados peixes compreendidos entre a faixa de 4,59-38,43 cm de comprimento total, e peso total de 0,06g-615,0g. Os valores obtidos de R2 variaram entre 0,9827 e 3,9084, sendo o valor alométrico positivo mais alto obtido para a espécie Rineloricaria steidachneri e o menor valor alométrico para a espécie Serrasalmus marginatus. Os valores obtidos demonstram que 73% da comunidade de peixes apresentou uma relação proporcionalmente estável entre o crescimento e o ganho de peso, onde 15% apresentou o crescimento superior ao acúmulo de peso, enquanto que 12% possuiu o ganho de peso maior que o crescimento. Conclui-se que a população tem crescimento isométrico em sua maioria, com exceção das espécies S. marginatus, Ancistrus sp. e S. macrurus que obtiveram coeficiente angular inferior a 2,0. Indicando a existência de fatores não determinados que podem está influenciados as variáveis biométricas.
 
POR:

Maurilene Sousa Costa
Maria Francisca Rego Ribeiro
Maura Sousa Costa
Nivaldo M. Piorski
Jorge Luiz Silva Nunes
APOIO: FAPEMA


 

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