segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Conheça a espécie Colomesus asellus (Müller & Troschel, 1849)




O popular baiacu neotropical de água doce vive em igarapés e na calha dos rios. Seu aspecto morfológico se assemelha com seus parentes marinhos: possui o corpo arredondado, maxilas em forma de bico, constituído por dentes fundidos na base, dois dentes na parte superior e dois na porção inferior da boca. Nadadeira pélvica ausente, nadadeira dorsal única e próxima do pedúnculo caudal, alinhada com a nadadeira anal; nadadeira caudal com margem truncada.

Seu padrão de colorido é cinza-amarelado; possui várias faixas transversais escuras e irregulares na cabeça e no dorso até a linha média do corpo. As nadadeiras peitorais possuem a margem posterior escuras; nadadeira caudal com bordas escuras; e a nadadeira dorsal e anal acinzentadas.

Sua distribuição é restrita à América do Sul, somente nas bacias do Amazonas e do Tocantins.

Para conhecer mais:

SANTOS, G.M.; MÉRONA, B; JURAS, A.A. & JÉGU, M. 2004. Peixes do baixo Tocantins: 20 anos depois da Usina Hidrelétrica Tucuruí. Brasilia: Eletronorte. 216p.

FROESE, R. & PAULY, D. (Editors). 2008. FishBase. World Wide Web electronic publication.

Conheça a espécie Exodon paradoxus Müller & Troschel, 1844


Comumente conhecido como miguelito ou miguelzinho na bacia do Tocantins, a espécie E. paradoxus é carnívora, mas pode se alimentar de escamas, insetos e outros invertebrados. Pode ser encontrado facilmente perto das margens e é comumente capturado utilizando garrafas PET com isca de farinha de mandioca ou fubá de milho.


Seu corpo é fusiforme; sua boca terminal possui o osso maxilar longo e evidente, cujo é utilizado para retirar escamas de outros peixes quais se alimentam. Sua coloração é cinza amarelada com a parte superior da cabeça cinza escuro; ainda possui duas manchas negras, uma no flanco e a outra no pedúnculo caudal; nadadeiras amareladas.


Sua área de distribuição é registrada para América do Sul, ocorrendo na Guiana e no Brasil, nas bacias do Amazonas e Tocantins.


Para conhecer mais:


SANTOS, G.M.; MÉRONA, B; JURAS, A.A. & JÉGU, M. 2004. Peixes do baixo Tocantins: 20 anos depois da Usina Hidrelétrica Tucuruí. Brasilia: Eletronorte. 216p.
FROESE, R. & PAULY, D. (Editors). 2008. FishBase. World Wide Web electronic publication.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Conheça a espécie Gobiesox barbatulus Starks, 1913


Praticamente desconhecida pela maioria das pessoas a espécie G. barbatulus é muito comum em ambientes rasos como as poças de marés e recifes costeiros.


A dificuldade de visualização no ambiente em que vivem provém de seu hábito críptico que envolve sua associação com rochas. Dessa forma ficam bem aderidos através das suas nadadeiras pélvicas fundidas para se protegerem do batimento de ondas, correntes e marés. Devido a essa capacidade de se fixarem em substratos rochosos são denominados de peixe prego.


Por outro lado, sua coloração varia muito e faz com o indivíduo se camufle de acordo com a disposição do ambiente circundante. Sua coloração pode variar do pálido, passando pelo cinza até o marrom escuro dependendo do substrato; pigmentações escuras formam manchas estriadas nos flancos e na cabeça.


A área de distribuição desta espécie compreende o Atlântico Ocidental, dos Estados Unidos até o sudeste do Brasil.
Para conhecer mais:

CARVALHO-FILHO, A. 1999. Peixes da costa brasileira. 3ª ed. São Paulo: Editora Melro. 320p.


FROESE, R. & PAULY, D. (Editors). 2008. FishBase. World Wide Web electronic publication.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Resumo: SUSTENTABILIDADE DA PESCA ARTESANAL NO LAGO DE VIANA, ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BAIXADA MARANHENSE

Clarissa Lobato da Costa

Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Leal de Castro

Co-orientador: Prof. Dr. Claudio Urbano B. Pinheiro

Programa de Pós Graduação em Sustentabilidade de Ecossistemas - Universidade Federal do Maranhão

Ano de defesa 2006

A pesca artesanal é uma das principais atividades econômicas no município de Viana, envolvendo um contingente expressivo de pessoas que praticam diariamente esta atividade. Este estudo teve como objetivo avaliar a pesca artesanal considerando a sazonalidade regional, abordando as dimensões social, econômica e ecológica para a sustentabilidade da atividade. Para isso, foi utilizada a metodologia de aplicação de questionários e acompanhamento de desembarque pesqueiro, determinando o destino do produto da pesca. Foi utilizado também o cálculo do balanço hídrico para propor cenários de sustentabilidade da pesca. Os resultados revelaram que o pescador, embora tenha alimentação diária garantida, é o que menos ganha em termos financeiros com a atividade, tendo condições de vida precária. Foi registrada para o Lago de Viana a ocorrência de 26 espécies pertencentes a 17 famílias e 24 gêneros. As espécies Plagioscion squamosissimus (pescada branca), Pygocentrus nattereri (piranha) e Prochilodus nigricans (curimatá) ocorreram durante o ano inteiro sendo significativas nas capturas, ao passo que Schizodon vittatus (aracu) e Pimelodus omatus (mandi) tiveram maior representatividade no período chuvoso. Observa-se também que Hoplias malabaricus (traíra) e Loricariichthys sp (viola), os chamados “peixes pretos” tiveram maior representatividade no período seco. Cenários relacionados ao represamento de água por meio de construção de pequenas barragens ou represamento de canais foram aqui colocados como alternativa para a sustentabilidade na região. Entretanto, no que diz respeito à atividade de aqüicultura, o investimento viabilizando a criação de espécies nativas em consórcios comunitários poderia ser uma alternativa para a localidade, a qual tem um hidroperíodo irregular.