sábado, 6 de abril de 2013

COMPARAÇÃO DAS CATEGORIAS TRÓFICAS DE PEIXES INTERTIDAIS DO BRASIL


Na estruturação da comunidade de peixes a diversidade dos seus componentes também pode ser observada e avaliada através de variações comportamentais e adaptações morfológicas que os conduzem para diferentes usos de habitat e estratégias para obtenção de alimentos. Contudo, é notória a convivência das várias espécies no mesmo ambiente, configurando uma forma de segregação trófica através das distintas guildas tróficas: herbívoros, onívoros, carnívoros (invertívoros, plânctívoros) e detritívoros. Desta forma, estudos de ecologia trófica são pontuados como fundamentais para a compreensão na estrutura de comunidade de peixes. O objetivo do presente estudo foi a comparação da estrutura trófica ictiocenose intertidal dos estados do Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo e Santa Catarina através de informações de monografias de conclusão de cursos de graduação, dissertações de mestrado e artigos científicos publicados. A partir da lista taxonômica das espécies de peixes foi realizada sua classificação trófica em seis categorias: planctívoros, detritívoros, invertívoros, onívoros, herbívoros e carnívoros. Em seguida, uma matriz combinada com valores do percentual de cada categoria trófica e Estado foi criada a fim de compará-los através da sua abundância. O resultado da análise revelou que espécies com dieta s carnívoras e onívoras foi dominante em todas as localidades, com exceção dos invertívoros no estado do Maranhão e dos detritívoros em Pernambuco. A estrutura trófica dos ambientes estudados provavelmente é influenciada pelos ecossistemas adjacentes. A ocorrência de espécies representantes às várias categorias tróficas no ambiente intertidal é resultado da grande diversidade de itens alimentares presentes nestes habitats e da variedade de microhabitats potencialmente usados na exploração pelos peixes intertidais.

 

Palavras-chave: composição trófica, peixes intertidais, Brasil.
POR:
DE BRITO, Pâmella S.; DA SILVA, Pollyana V.; PIORSKI, Nivaldo M.; NUNES, Jorge Luiz S
 
 

EVOLUÇÃO DAS DRENAGENS DO ESTADO DO MARANHÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A DIVERSIFICAÇÃO DOS PEIXES DE ÁGUA DOCE NA REGIÃO


A rede hidrológica do Estado do Maranhão está inserida em três regiões hidrográficas Tocantins/Araguaia, Atlântico Nordeste Ocidental e Parnaíba. Prováveis diferenças entre unidades populacionais despontam quando se tenta estabelecer áreas de endemismo incluindo rios do Maranhão, tomando por base principalmente padrões de distribuição geográfica de peixes. A análise de tais áreas e dos padrões de distribuição permite observar que os rios do Maranhão abrigam um conjunto de espécies endêmicas e, também, várias outras de ampla distribuição compartilhadas entre as áreas vizinhas. As relações entre os componentes da ictiofauna maranhense e das drenagens vizinhas, principalmente amazônicas, têm sido explicadas em termos de dispersão costeira e, dessa forma, influenciadas essencialmente pelas variações em nível do mar. Entretanto, uma análise mais aprofundada das informações geológicas disponíveis para a região revelou que desde o Mioceno-Plioceno vários eventos neotectônicos estiveram em ação modelando e individualizando as drenagens. Uma dessas estruturas está localizada entre os vales dos rios Mearim e Tocantins, produzindo anomalias em cotovelo nas drenagens de terceira ordem e exercendo forte controle nas drenagens de primeira e segunda ordem. Um evento vicariante importante deve ter sido protagonizado pela formação da Serra do Tiracambu, no extremo oeste do Estado do Maranhão. A idade aproximada deste evento coincide, por exemplo, com a idade estimada para divergência entre linhagens de Hypostomus envolvendo drenagens amazônicas e maranhenses. Eventos mais recentes (de até 2-3 Ma), tais como, o Ciclo Velhas, reativações tectônicas das falhas que deram origem ao Arco Férrer-Urbano Santos e formação do Golfão Maranhense podem ter exercido papel importante na diferenciação regional da ictiofauna. Associados à dinâmica geomorfológica, movimentos de transgressão e regressão marinha isolaram ou reduziram o contato posterior entre as bacias. Simulações utilizando a base de dados HydroSHEDS sugerem que a influência das variações eustáticas do mar foi maior nos rios com desembocaduras na região do Golfão Maranhense. Como consequência destes eventos, variações menores dentro das espécies foram estabelecidas entre as diferentes drenagens. A análise permite compor uma hipótese nula de trabalho em que os agrupamentos biogeográficos previstos para a região apresentam a seguinte configuração: [Parnaíba [Itapecuru [Mearim Pindaré]], [Tocantins [Gurupi Turiaçu]]. Assim, em contraposição à visão simplista de dispersão costeira, indicamos pelo menos quatro eventos vicariantes responsáveis pelas variações observadas na ictiofauna da região. Apesar da possibilidade de comunicações transitórias terem sido estabelecidas entre afluentes das partes médio-baixa do Turiaçu com médio-baixa do Gurupi e Tocantins, acreditamos que dispersão costeira apenas foi possível através do GolfãoMaranhense.

 

Palavras-chave: biogeografia, ictiofauna, geologia histórica, áreas de endemismo.

 

POR:

 PIORSKI, Nivaldo M.; NUNES, Jorge L. S.; COSTA, Luis F. C.; GALETTI JUNIOR, Pedro M.;

 

Fonte financiadora: Banco da Amazônia (BASA).

DIVERSIDADE E FILOGEOGRAFIA DE Prochilodus lacustris STEINDACHNER, 1907 (CHARACIFORMES: PROCHILODONTIDAE) NO NORDESTE DO BRASIL


Prochilodus lacustris é uma espécie endêmica citada para os rios Parnaíba e Mearim. Análises baseadas em padrões de distribuição têm indicado que a rede hidrográfica do Maranhão constitui uma área de endemismo para peixes neotropicais. No entanto, devido ao reduzido número de estudos, as interrelações desse conjunto hidrográfico com áreas vizinhas são pouco compreendidas. Nesse estudo, a diversidade genética de P. lacustris é analisada e a hipótese de que a espécie é uma unidade taxonômica e endêmica para a região é verificada. Além disso, a partir da análise do relógio molecular e dos dados geológicos disponíveis são identificados eventos históricos de isolamento das drenagens, apresentando-os como alternativas para a hipótese de dispersão costeira. Amostras de tecidos de 125 indivíduos de P. lacustris foram coletadas em 14 localidades ao longo dos rios Parnaíba, Itapecuru, Mearim, Pindaré, Turiaçu e Tocantins. A variação geográfica foi estudada usando sequências da região controle do DNAmt e do íntron 1 do gene S7. O conjunto amostral apresentou alta variabilidade genética, provavelmente associada a eventos históricos. Com exceção dos rios Mearim e Pindaré, todas as comparações de PhiST par a par produziram valores significantes com reduzido fluxo gênico entre as populações. A análise dos clados aninhados indicou que fluxo gênico restrito com isolamento por distância foi o principal evento inferido para explicar as diferenças observadas na rede de haplótipos. Entretanto, um evento de fragmentação passada foi detectado envolvendo haplótipos dos rios Parnaíba, Tocantins e Turiaçu. O padrão de relações haplotípicas, gerado pelos métodos de máxima verossimilhança e agrupamento de vizinhos, é composto por três clados com altos valores de bootstrap. Um clado é formado pelos haplótipos do rio Parnaíba. O segundo clado é composto por haplótipos dos rios Itapecuru, Mearim e Pindaré, ao passo que o terceiro clado compreende haplótipos dos rios Tocantins e Turiaçu. A topologia das árvores e os valores de divergência genética revelaram que os haplótipos do Tocantins têm seus parentes mais próximos no Turiaçu e no conjunto Itapecuru Mearim Pindaré. Além disso, as linhagens mitocondriais identificadas sugerem que o padrão de distribuição geográfica de P. lacustris não se ajusta aos modelos propostos para áreas de endemismos. A análise combinada da informação do relógio molecular e dados geológicos indicam que os principais eventos responsáveis pelas variações observadas na espécie foram: formação da Serra do Tiracambu, captura do curso inferior do Tocantins para formação da Baía de Marajó, Ciclo Velhas e formação do Golfão Maranhense.
 

Palavras-chave: Diferenciação genética, áreas de endemismo, relógio molecular, peixes neotropicais.

 

POR:
 

PIORSKI, Nivaldo M.; COSTA, Luís F. C.; NUNES, Jorge L. S.; GALETTI JUNIOR, Pedro M.

 

Fonte financiadora: Banco da Amazônia (BASA).

ICTIOFAUNA DA RESERVA BIOLÓGICA DO GURUPI


Poucos estudos envolvendo grupos de ampla distribuição têm utilizado amostras de peixes da rede hidrográfica do Estado do Maranhão. Nesta região, geralmente considerada uma área de transição entre o semi-árido nordestino e a floresta amazônica, estão localizados um conjunto de rios perenes onde se destacam, no sentido leste-oeste, os rios Parnaíba, Itapecuru, Mearim, Pindaré e Gurupi. Além destes, parte da drenagem do rio Tocantins flui em território maranhense. Dependendo da abordagem utilizada, os rios do Maranhão podem fazer parte de uma mesma área de endemismo ou de áreas de endemismo distintas. Independente disso, novas espécies têm sido descritas para a região nos últimos anos evidenciando sua importância para a diversidade da ictiofauna neotropical. Durante o ano de 2010, várias expedições foram realizadas à REBIO Gurupi, um dos poucos remanescentes da floresta amazônica em território maranhense, com o objetivo de identificar as espécies de peixes da região. Coletas sistematizadas, seguindo o protocolo do PPBio, foram efetuadas em três parcelas aquáticas situadas nos rios Panema, Mão de Onça, Aparitiua e Gurupi. Para a captura dos peixes foram empregadas tarrafas e redes de espera (malhadeiras). Além disso, fotografias e filmagens subaquáticas, quando possível, foram realizadas a fim de obter informações sobre a ecologia das espécies. Na área de estudo foram identificadas 67 espécies de peixes, distribuídas em 5 ordens e 18 famílias. Dentre os táxons identificados, nenhum faz parte da Instrução Normativa Nº5/2004 do Ministério do Meio Ambiente que lista as espécies de invertebrados aquáticos e peixes reconhecidos como ameaçados de extinção, sobreexplotadas ou ameaçadas de sobreexplotação. Dentre as espécies identificadas observa-se que a maioria é classificada como de baixa vulnerabilidade. Por outro lado, 35% das espécies são consideradas de vulnerabilidade moderada a alta, correspondendo àquelas de maior valor comercial, tais como, Sorubim lima bico-de-pato, Pellona flavipinnis arenga, Pseudoplatystoma fasciatum surubim e Hemisorubim platyrhynchos mandubé. Análises preliminares sugerem que a ictiofauna da REBIO Gurupi é composta por elementos do Tocantins e da bacia hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental.

 
Palavras-chave: Peixes de água doce, amazônia oriental, região neotropical, sistemática.

  
POR:
 
MARQUES, Nayana E. F.; NUNES, Jorge L. S.; PIORSKI, Nivaldo M.
 
Fonte financiadora: CNPq.

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E USO DE HABITAT DE MURÉS EM POÇAS DE MARÉS DA PRAIA DO ARAÇAGY, MARANHÃO, BRASIL


Os murés correspondem a um termo maranhense que generaliza todas as espécies de peixes que pertencem às famílias Blennidae e Gobiidae, ou peixes com morfologia semelhante. Estes peixes são muito freqüentes nas poças de marés e podem ser classificados na categoria de residentes quanto ao uso do habitat. Possuem um grande elenco de comportamentos relacionados às suas interações ecológicas, intra e interespecífica (territorialidade, agressividade, perseguição, corte, reprodução etc), que notoriamente resultam na sua distribuição espacial e uso de habitat. Portanto, o objetivo deste estudo é descrever as características das poças de marés que são exploradas pelos amborés e peixe-macaco associando às informações sobre o seu uso. No período de seis meses houve o acompanhamento mensal de seis poças de marés com arquiteturas diferentes e distribuídas ao longo do médio litoral da praia do Araçagy, onde os indivíduos foram coletados com a utilização de mentol como anestésico e logo em seguida devolvidos para poças adjacentes. Neste procedimento eram anotadas as variáveis ambientais de cada poça, assim como o tamanho dos espécimes capturados. Os resultados obtidos indicam que a espécie Bathygobius soporator ocorre em diversos tipos de poças, considerando suas diferentes disposições na arquitetura e no posicionamento no médio litoral. Associado a sua distribuição, a freqüência dos tamanhos dos indivíduos de se mostrou heterogênea nas diferentes classes de tamanho. Por outro lado, embora a espécie Omobranchus punctatus apresentasse semelhança com B. soporator na distribuição das poças o comprimento dos indivíduos foi tendencioso para os espécimes menores. A comparação do número de indivíduos entre B. soporator e O. punctatus mostra a prevalência absoluta dos peixes invasores em todo o período de estudo. Portanto, a alta predominância de O. punctatus nas poças de marés está provavelmente afetando a estrutura da comunidade íctica através da sobreposição de recursos do ambiente estudado.

 

 

Palavras-chave: ambiente intertidal, ictiocenose, uso de habitat.
 
POR:
NOLETO FILHO, Eurico M.1; SANTOS, Luis F. S.1; ARAUJO JUNIOR, Bento A.1; SERRA, Raymony T. A.1; NUNES, Jorge Luiz S.; Piorski, Nivaldo M.

ALIMENTAÇÃO DE Cynoscion acoupa (LACEPÉDE, 1802) (TELEOSTEI, SCIAENIDAE) EM ESTUÁRIOS DO GOLFÃO MARANHENSE


Cynoscion acoupa é uma espécie demersal de elevado valor comercial nas cidades litorâneas do estado do Maranhão. Apesar disso, muito pouco é conhecido sobre sua biologia. Neste estudo, o hábito alimentar da pescada amarela foi caracterizado a partir da análise do conteúdo estomacal de exemplares capturados em estuários do Golfão Maranhense. As coletas foram realizadas durante o ano de 2010 utilizando-se redes de tapagem e malhadeira. Após a obtenção de dados biométricos, os estômagos foram retirados e o conteúdo classificado em grandes grupos: peixe, camarão, caranguejo, siri e material digerido. A composição da dieta foi analisada através dos métodos de freqüência de ocorrência (FO) e freqüência volumétrica (FV), consolidados no índice de importância relativa (IAr). De um total de 73 estômagos analisados, as maiores freqüências de ocorrência e volumétrica foram observadas para os itens camarão (64,3% e 39,5%) e peixes (49,3% e 57,1%). Os demais itens apresentaram freqüências muito baixas variando de 4,1% (material digerido) a 12,3% (caranguejo) para FO e de 0,14% (material digerido) a 5,1% (caranguejo) para FV. O índice de importância relativa indicou que os itens mais importantes são peixe (51,7%) e camarão (46,7%). Os demais itens apresentaram valores de IAr igual ou menores do que 1%. Os dados indicam, portanto, que peixes e camarões são os principais componentes da dieta de Cynoscion acoupa, caracterizando a espécie como de hábito carnívoro.

 

Palavras-chave: dieta, Sciaenidae, Nordeste, Brasil.

 

POR:

DOS SANTOS, Gabriel S.; DA SILVA, Nivea K. A.; DE BRITO, Rafaela M. S.; E SILVA, Simone K. L.; RIBEIRO, Marcos R. F.; GRANJA, Victor C. S.; MARQUES, Nayana E. F.; NUNES, Jorge L. S.; PIORSKI, Nivaldo M.

ANÁLISE COMPARATIVA DO HÁBITO ALIMENTAR DE Bagre bagre (LINNAEUS, 1766) EM AMBIENTES ESTUARINOS E COSTEIROS DO NORDESTE DO BRASIL


Bagre bagre, vulgarmente conhecida como bandeirado, é uma espécie que ocorre em regiões estuarinas e costeiras equatoriais, com ampla distribuição na América Central e norte da América do Sul. Poucos estudos têm enfatizado a dieta da espécie, havendo um indicativo geral de que se alimenta de pequenos crustáceos e peixes. Diante disso, o presente estudo propõe analisar o conteúdo estomacal e a composição qualitativa da dieta do bandeirado através dos métodos de freqüência de ocorrência e freqüência volumétrica, consolidados no índice de importância relativa. Os exemplares de B. bagre foram coletados em igarapés na Ilha dos Caranguejos e em áreas costeiras no litoral maranhense durante o ano de 2010. Nos igarapés, os exemplares foram capturados com malhadeira e tapagem, enquanto que na área costeira foram utilizadas apenas malhadeira. Após a coleta os espécimes foram conservados em caixas de isopor com gelo no próprio local e transportados para o laboratório. Após a obtenção de dados biométricos, os estômagos foram retirados e medidos junto com o trato digestivo. Um total de 88 estômagos era procedente dos igarapés. O item mais frequente foi caranguejo (27%), seguido de camarão, ovos de peixe e peixe, com 19%, 15% e 10% respectivamente. Os demais itens, representados por insetos, isópodas, oligoquetas, sementes e sururu tiveram pequena participação com freqüência total de 12%. Os valores do índice de importância relativa (Iar) apontaram ovos de peixe como o item mais importante (Iar = 0,28), seguido de caranguejo (Iar = 0,26), camarão (Iar = 0,14) e peixe (Iar = 0,11), os demais apresentaram baixa importância relativa. Na região costeira, dentre os 26 estômagos analisados, peixe foi o item de maior frequência (40%), seguido de matéria vegetal (27%), camarão (22%), caranguejo (9%) e material digerido (2%). O índice de importância relativa indicou peixe como o item mais importante (Iar = 0,91). Os resultados indicam que no estuário B. bagre apresenta dieta com tendência à carnivoria, baseando sua alimentação principalmente em matéria de origem animal. Na região costeira, por outro lado, a participação significativa de matéria vegetal sugere um hábito onívoro para a espécie. Entretanto, estas diferenças podem relacionadas à disponibilidade de itens potenciais entre os dois ambientes. Enquanto que nos igarapés foram identificados 11 itens alimentares nos estômagos de B. bagre, na área costeira foram contabilizados apenas 5.

 

Palavras-chave: dieta, siluriformes, estuário, área costeira.
POR:
DA SILVA, Nivea Karina Andrade1; DOS SANTOS, Gabriel Silva1; DE BRITO, Rafaela Maria Serra1; E SILVA, Simone Karla Lima1; RIBEIRO, Marcos Rogério Ferreira1; GRANJA, Vitor Cutrim Soares1; MARQUES, Nayana Estrela Ferreira1; DE CASTRO, Antonio Carlos Leal1; NUNES, Jorge Luiz Silva1; PIORSKI, Nivaldo Magalhães