Os
peixes são os organismos mais diversos entre os vertebrados e as águas
neotropicais abrigam a maior parte destes organismos. O Brasil detém 21% das
espécies ícticas catalogadas no mundo, porém com o isolamento de bacias
associado ao alto grau de endemismo observado, esses números tendem a crescer
nos próximos anos. Apesar disso, os estudos que versam sobre o assunto são
escassos, restritos ao eixo Centro-Sul e, o Nordeste tem catalogação
incompleta, cheia de falhas e necessidade de revisões de vários táxons. O
Maranhão possui um reduzido número de trabalhos de peixes de água doce e, para
o rio Munim este é o primeiro. Os objetivos desse trabalho foram inventariar a
composição ictiofaunística do trecho médio do rio Munim, assim como verificar
seus aspectos quanto à abundância de espécies e variação sazonal. Os resultados
mostraram que foram coletados 881 indivíduos, pertencentes a cinco ordens, 22
famílias, 52 gêneros e 53 espécies. As espécies mais abundantes foram Curimatella sp., Pristella sp., Hoplias malabaricus. As famílias mais
especiosas foram Characidae, Loricariidae e Pimelodidae. Este estudo também
evidenciou o efeito das estações de chuva e estiagem sobre as frequências de
ocorrência das espécies, pois as águas tropicais mostram variações sazonais causadas principalmente por
oscilações hidrométricas, o que influencia diretamente na oferta de alimento e
na distribuição das espécies.
Palavras-chave:
Peixes dulcícolas, diversidade, variação sazonal, rio Munim.
POR:
Luís André Véras Cruz (Monografia apresentada no Curso de Ciências Biológicas)
APOIO: FAPEMA
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