Um estudo sobre ecomorfologia de
peixes foi realizado nas bacias do rio Tocantins e do rio Pindaré, com o
objetivo estabelecer as características ecológicas mais marcantes entre
populações de peixes predadores através das suas características morfológicas e
da dieta. As espécies estudadas foram Acestrorhynchus
falcatus Bloch, 1794; Cynodon gibbus
Spix & Agassiz, 1829; Hydrolycus tatauaia
Toledo–Piza, Menezes & Santos, 1999; Rhaphiodon
vulpinus Spix & Agassiz, 1829; Charax
gibbosus Linnaeus, 1758; Pygocentrus
nattereri Kner, 1858 e Hoplias
malabaricus Bloch, 1794. Um total de 18 medidas morfométricas foram tomadas
e transformadas em atributos ecomorfológicos para se inferir sobre a ecologia
destas espécies. Em sequência os atributos foram submetidos a uma análise de
Componentes Principais (PCA). Os valores dos componentes principais para o rio
Tocantins foram CP1 42,3%; CP2 25,8%
e CP3 14,7%. Enquanto para as espécies do rio Pindaré obteve-se os seguintes
valores: CP1 44,3%; CP2 34, 4% e CP3
14,6%. Por fim, calcularam-se os valores acumulados dos atributos dos peixes
dos dois rios, CP1 41,24%; CP2 26,9%
e CP3 16,0%. As PCAs demonstraram a separação das espécies estudadas de acordo
com a morfologia de seu corpo, os habitats preferenciais e exploração de
recursos. Para a análise da dieta foi
analisado um total de 247 estômagos pertencentes às espécies supracitadas,
destes 189 foram oriundos do rio Pindaré e 58 do rio Tocantins. Os itens
alimentares identificados que compuseram o espectro trófico foram Peixe,
Vegetal, Crustáceo, Inseto e Item não identificado (correspondendo a massa
amorfa e muito digerida), sendo que o item Peixe foi o mais abundante para os
dois rios e através da análise do Diagrama de Costello foi determinada a
estratégia alimentar de cada uma das sete espécies, corroborado os
conhecimentos a cerca do hábito piscívoros das espécies analisadas.
POR:
Jakeline Almeida Carneiro
Jorge Luiz Silva Nunes
APOIO: FAPEMA, CNPq, SISBIOTA
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