segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Boas conversas geram sempre bons trabalhos


A observação e a vivência de campo são indispensáveis para o biólogo compreender o ambiente. A minha área de trabalho é a praia, portanto algumas situações interessantes sempre são notadas.

Ultimamente conversando com outros amigos que compartilham a admiração e a área de trabalho falávamos sobre o comportameto sazonal de algumas espécies.

O primeiro a fazer parte da lista de fatos interessantes foi o paru branco, ou peixe enxada, Chaetodipterus faber. Em nossas experiências esta espécie recruta nas poças de marés, sendo muito comum encontrá-los muito diminutos. Além das poças, podem ser encontradas em pequenos canais adjacentes que se formam durante a maré enchente. Seu aspecto escuro é uma bela forma de camuflagem, parecidos a folhas marrons do manguezal. Sua posição de natação é bastante curiosa, na maioria das vezes ficam de ponta cabeça também sendo confundidos com outros materiais lavados pela maré.

Outro personagem é a espécie Anableps anableps, o vulgo tralhoto. Me lembro muito bem quando era garoto, quando frequentava à praia gostava de correr atrás deles na zona de espraiamento onde geralmente apareciam em grandes cardumes. Na praia do Araçagy, no mínimo fazem dois anos que se tornaram uma raridade. Pescadores corroboram esta observação. Contudo, tenho observado tralhotos em mediações da praia de São Marcos, e assim quando garoto arisco uma corrida!

Um visitante ilustre que se manteve ausente em todo estudo nas poças de marés e resolveu aparecer, foi o sargentinho Abudefduf saxatilis. Peixe típico de ambientes recifais já postado em edições anteriores do blog peixes do maranhão.

Enfim, é sempre bom estar com o olho na sardinha e no gato, para que sempre possamos entender nosso ambiente e seus sinais.

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