quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Conheça a espécie Pristis perotteti Müler & Henle, 1841







Conhecido por espadarte no Maranhão, a espécie P. perotteti é bastante temida pelos pescadores devido ao prejuízo que podem causar estragando as redes de pesca. Possuem um rostro muito desenvolvido margeado por dentes tranversais em cada lado, normalmente cerca de 16-20 dentes que os diferenciam da espécie cogenérica e simpátrica P. pectinata. O rostro pode corresponder percentualmente em torno de 20-22% do seu comprimento total. Como curiosidade, o rostro é utilizado para golpear peixes em cardumes a fim da sua captura.

Sua primeira nadadeira dorsal se localiza notoriamente em frente da nadadeira pélvica, com muito pouca depressão côncava na margem posterior; nadadeira caudal heterocerca com o lobo bem definido; nadadeiras peitorais bem demarcadas na margem interna; não há contorno da nadadeira peitoral para a formação do disco. Porção cranial bem larga e tende a estreitar-se em direção da cauda.

O padrão de colorido apresenta a superfície dorsal com tonalidades que variam do marrom claro ao verde oliva, flancos amarelados e ventre claro. A distribuição geográfica da espécie ocorre em águas tropicais do oceano Atlântico, Pacífico e Índico.

Finalizando, as fotos 1 e 2 correspondem à um indivíduo de 7m de comprimento total e 800kg capturado nas proximidades do litoral da praia da Raposa na Ilha do Maranhão (antiga Ilha de São Luís).

Para ler mais:
Carvalho-Filho, A. 1999. Peixes da costa brasileira. (3ª ed). 320P. São Paulo: Editora Melro.
Froese, R. & Pauly, D. (Editors). 2004. FishBase. World Wide Web electronic publication.
McEachran, J.D. & Carvalho, M.R. de. 2002. Batoid Fishes. pp. 507-589. In: The living marine resources of the Western Central Atlantic. Vol. 3: Bony fishes part 2 (Opistognathidae to Molidae), sea turtles and marine mammals. FAO Species Identification Guide for Fishery Purposes and American Society of Ichthyologists and Herpetologists Special Publication. Nº 5. Rome, FAO.

Nunes, J. L. S. ; Almeida, Zafira da Silva de ; Piorski, Nivaldo Magalhães . Raias capturadas pela pesca artesanal em águas rasas do Maranhão-Brasil. Arquivos de Ciências do Mar, Fortaleza, v. 38, p. 49-54, 2005.

Um comentário:

DotoSurf disse...

Eu já peguei uma dessas viva lá nas pedras do caolho. tentei doar pra ufma ou pra uema mas ninguém quis.