sábado, 15 de maio de 2010

VOCÊ SABE O QUE É ECOMORFOLOGIA? SERÁ QUE PODEMOS UTILIZAR EM PEIXES?


A ecomorfologia é uma abordagem ecológica que se baseia na idéia de que as diferenças morfológicas observadas entre as espécies estão relacionadas à ação das diferentes pressões ambientais e biológicas às quais estão sujeitos os indivíduos.
Assim, vale lembrar que abordagens ecomorfológicas podem ser aplicadas a quaisquer espécies de animais, nos mais diversos ambientes, ou mesmo, servindo para comparações na eficiência de determinada estratégia na utilização do habitat entre espécies diferentes utilizando-se como referência as diferenças ecomorfológicas.
Essas diferenças podem ser estudadas através do emprego de índices morfo-biométricos denominados atributos ecomorfológicos, que são padrões que expressam características do indivíduo em relação ao seu meio e podem ser interpretados como indicadores de hábitos de vida ou de adaptações das espécies à ocupação e utilização maximizada dos habitats.
No Brasil os estudos de ecomorfologia são recentes e foram iniciados na década de 90 aplicados principalmente às comunidades de peixes de água doce. No maranhão, os estudos sobre ecomorfologia também são recentes, mas tem contribuído para trazer à luz aspectos da ecologia de peixes dulcícolas de rios, riachos e lagos, marinhos e estuarinos. Podemos citar os estudos que foram realizados na Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, Estuário do rio Anil e Parque Estadual Marinho Parcel de Manuel Luiz.

Para conhecer mais:

BEAUMORD, A.C. & PETRERE-JR., M. 1994. Comunidades de peces del rio Manso, Chapada dos Guimarães, MT, Brasil.
Acta Biológica Venezolana, FERRITO, V., MANNINO, M.C., PAPPALARDO, A.M., TIGANO, C. 2007. Morphological variation among populations Aphanius fasciatus Nardo, 1827 (Teleostei, Cyprinodontidae) from the Mediterranean. J. Fish Biol. 70: 1-20 GATZ, A. J. Jr. 1979. Communities Organization in fishes as indicated by morphological features. Ecology, 60 (4): 711-718 JERRY, D.R., CAIRNS, S.C. 1998. Morphological variation in the catadromous Australian bass, from seven geographically distinct riverine drainages. J. Fish Biol. 52: 829-843 KEAST, A. 1985. The piscivore feeding guild of fishes in small freshwater ecosystems. Env. Biol. Fish. 12: 119-129 MACHADO, M. R. B. 2000. Aspectos ecomorfológicos das comunidades de peixes em dois ambientes da Baixada Maranhense, Nordeste do Brasil. Monografia – Universidade Federal do Maranhão. PIORSKI, N.M., ALVES, J.R.L., MACHADO, M.R.B., CORREIA, M.M.F. 2005. Alimentação e ecomorfologia de duas espécies de piranhas (Characiformes: Characidae) do Lago de Viana, Estado do Maranhão, Brasil. Acta Amazônica 35 (1): 63-70. SMITH, W.E. 1999. A ecomorfologia de peixes no Brasil. Boletim da Sociedade Brasileira de Ictiologia. 56: 8-12. VARI, R. P. & WEITZMAN, S. H. (1990). A review of phylogenetic biogeography of the freshwater fishes of South America. In: Peters, G. & Hutterer, R. Vertebrates in the tropics. Proceedings of the international symposium on vertebrate biogeography and systematics in the tropics. Bonn, Alexander Koening zoological research institute and zoological museum. pp. 381-393. WATSON, D.J. & BALON, E.K. 1984. Ecomorphological analysis of fish taxocenes in rainforest streams of northern Borneo. J. Fish Biol. 25:371-384.


Por: Diego Sousa Campos
Graduando de Ciências Biológicas
Universidade Federal do Maranhão
Laboratório de Organismos Aquáticos

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