Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Leal de Castro
Co-orientador: Prof. Dr. Márcio Costa Fernandes Vaz dos Santos
Mestrado em Sustentabilidade de ecossistemas - Universidade Federal do Maranhão
Ano da Defesa: 2004
Estudo para caracterização da abundância, composição e diversidade da fauna de peixes estuarinos da ilha dos Caranguejos-MA em seus aspectos ecológicos e de exploração pesqueira. Adicionalmente, procedeu a identificação dos principais os igarapés de exploração pesqueira, mostrando também o perfil dos pescadores que exploram a ilha e as formas atuais de exploração da pesca na área. A composição e diversidade da ictiofauna da região foi medida a partir de cinco coletas realizadas no período de novembro de 2002 a abril de 2004, utilizando-se redes de emalhar nos três igarapés mais explorados pelos pescadores artesanais. A diversidade ictiofaunística foi calculada utilizando-se os índices de Simpson (Â ), Shannon- Weaner (H') e Hill (N1 e N2). Os resultados indicam a presença de 32 espécies de peixes pertencentes a 19 famílias e 26 gêneros, sendo as famílias Anablepidae (58,32% ), Ariidae (18,61% ) e Sciaenidae (5,89% ), as mais importantes em número de indivíduos. Os valores de diversidade mostraram pouca variabilidade entre os pontos analisados, indicando distribuição espacial homogênea das espécies de peixes. Incluem-se análises sobre a pesca artesanal na área, realizadas a partir de informações colhidas em entrevistas semi-estruturadas aplicadas aos pescadores de duas comunidades pesqueiras do aglomerado urbano da ilha de São Luís. Os dados das entrevistas mostraram que os pescadores que atuam na ilha dos Caranguejos são pessoas que ali pescam há mais de 10 anos e que utilizam o conhecimento tradicional para identificar os locais mais produtivos. As principais dificuldades relacionadas às suas atividades de pesca são: falta de água doce, concorrência, pragas, maresia e distância do centro consumidor. Os peixes alvos da atividade pesqueira são pertencentes, principalmente, às famílias Sciaenidae e Ariidae, os quais já mostram sensível sinal de decréscimo. Tal fato aponta para a necessidade da elaboração e implementação de um plano de manejo para essa área protegida que legalmente que faz parte da APA da Baixada Maranhense.
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